quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Permissão Internacional para Dirigir

Aos que procuram informações sobre ou, como nós, até hoje foram enganados em relação a obtenção de habilitação internacional para dirigir, segue abaixo o informativo que está no site do DENATRAM e não é divulgado:

Fonte: http://www.denatran.gov.br/informativos/20070611_permissao_internacional.htm

Permissão Internacional para Dirigir

O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) lançou em abril de 2006 o novo modelo de Permissão Internacional para Dirigir (PID). O modelo segue o padrão estabelecido na Convenção de Viena, firmada em 08 de novembro de 1968 e promulgada pelo Decreto nº 86.714, de 10 de dezembro de 1981. A PID poderá ser utilizada em mais de cem paises (veja a lista abaixo), porém não substitui a CNH no território nacional.
Antes da padronização da Permissão Internacional para Dirigir ficava a cargo dos órgãos e entidades executivos de trânsito a elaboração e expedição da permissão. Com a PID o Denatran padroniza o modelo do documento. As informações dispostas na PID estarão descritas na língua portuguesa e nas preconizadas na Convenção de Viena. 
Para obter a permissão o condutor deverá possuir a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), devendo esta estar vigente. O prazo de validade da PID, a categoria da habilitação e as restrições médicas são os mesmos referentes a CNH e na hipótese de ocorrer qualquer alteração no cadastro do condutor a mesma deverá ser incluída no respectivo documento internacional de habilitação. 
A Permissão Internacional para Dirigir não será emitida para o condutor habilitado somente com a Autorização para Conduzir Ciclomotor - ACC. Desde abril de 2006, o novo modelo pode ser retirado nos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal e a cargo deles ficará a responsabilidade de determinar o valor da expedição do documento.


Países onde é aceita a Permissão Internacional para Dirigir (PID):

África do Sul, Albânia, Alemanha, Anguila (Grã Bretanha), Angola, Argélia, Argentina, Arquipélago de San Andres Providência e Santa Catalina (Colômbia), Austrália, Áustria, Azerbaidjão, Bahamas, Barein, Bielo-Rússia, Bélgica, Bermudas, Bolívia, Bósnia-Herzegóvina, Bulgária, Cabo Verde, Canadá, Cazaquistão, Ceuta e Melilla (Espanha), Chile, Cingapura, Colômbia, Congo, Coréia do Sul, Costa do Marfim, Costa Rica, Croácia, Cuba, Dinamarca, El Salvador, Equador, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Estônia, Federação Russa, Filipinas, Finlândia, França, Gabão, Gana, Geórgia, Gilbratar (Colônia da Grã Bretanha), Grécia, Groelândia (Dinamarca), Guadalupe (França), Guatemala, Guiana, Guiana Francesa (França), Guiné-Bissau, Haiti, Holanda, Honduras, Hungria, Ilha da Grã-Bretanha (Pitcairn, Cayman, Malvinas e Virgens), Ilhas da Austrália (Cocos, Cook e Norfolk), Ilhas da Finlândia (Aland), Ilhas da Coroa Britânica (Canal), Ilhas da Colômbia (Geórgia e Sandwich do Sul), Ilhas da França (Wallis e Futuna), Indonésia, Irã, Iriã Ocidental, Israel, Itália, Kuweit, Letônia, Líbia, Lituânia, Luxemburgo, Macedônia, Martinica (França), Marrocos, Mayotte (França), México, Moldávia, Mônaco, Mongólia, Montserrat (Grã Bretanha), Namíbia, Nicarágua, Níger, Niue (Nova Zelândia) Noruega, Nova Caledônia (França), Nova Zelândia, Nueva Esparta (Venezuela), Panamá, Paquistão, Paraguai, Peru, Polinésia Francesa (França), Polônia, Porto Rico, Portugal, Reino Unido (Escócia, Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales, República Centro Africana, República Checa, República Dominicana, Republica Eslovaca, Reunião (França), Romênia, Saara Ocidental, Saint-Pierre e Miquelon (França), San Marino, Santa Helena (Grã Bretanha), São Tomé e Príncipe, Seichelles, Senegal, Sérvia, Suécia, Suíça, Svalbard (Noruega), Tadjiquistão, Tunísia, Terras Austrais e Antártica (Colônia Britânica), Território Britânico no Oceano Índico (Colônia Britânica), Timor, Toquelau (Nova Zelândia), Tunísia, Turcas e Caicos (Colônia Britânica), Turcomenistão, Ucrânia, Uruguai, Uzbequistão, Venezuela e Zimbábue.

Fonte: Sistema RENACH Denatran – Dezembro 2010

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Neem no controle de pulgas e carrapatos

Fuçando a internet à procura de medidas naturais para controle de parasitas, encontrei um artigo muito interessante e explicativo, que transcrevo aqui.


UTILIZAÇÃO DO NEEM COMO CONTROLE NATURAL DE
PULGAS E CARRAPATOS EM CÃES E GATOS


Fonte: http://neemnocombatedecarrapatosepulgas.blogspot.com


Nossos animais de estimação são considerados mebros da familia, e queremos para eles o melhor.


O crescimento da população de parasitas resistentes aos diferentes grupos químicos são conseqüência do uso indiscriminado e continuado de drogas, que além de apresentarem efeitos nocivos nos animais e humanos, ainda agridem o meio ambiente.

O QUE É O NEEM ?

A Azadirachta indica, conhecida popularmente como NIM ou NEEM é uma árvore conhecida ha mais de 2000 anos na índia e outros países do Oriente, por suas propriedades medicinais de relevante importância junto à saúde do homem, dos animais e das plantas.

Mais de 100 compostos bioativos já foram isolados na sua composição, sendo a azadiractina o principal componente do Óleo de Neem.

Este composto, causa distúrbios fisiológicos, altera o desenvolvimento e a funcionalidade de inúmeras espécies de “pragas”, agindo sobre os processos reprodutivos, inibindo crescimento/desenvolvimento e mobilidade do parasita, além de apresentar efeito repelente. Também pode interferir nas funções bioquí­micas e fisiológicas dos parasitas.

Desta forma, a azadirachtina não causa a morte imediata dos insetos. Sua ação começa horas após a aplicação podendo se prorrogar por vários dias, isto porque a substância age seletivamente em cada tipo de inseto, atingindo suas funções vitais de forma diferenciada.

Além do óleo, diversos outros extratos, com diversas formas de extração podem ser obtidos de partes diferentes da planta que também são capazes de produzir múltiplos efeitos sobre os insetos.

Dos produtos derivados do Neem, o mais comum no mercado brasileiro é o Óleo de Neem Emulsionável (OFFNEEM), que demonstra grande eficiência no combate de pragas e doenças na agricultura assim como no controle de parasitas da pecuária, principalmente bernes e carrapatos.

A baixa toxicidade, o largo espectro de ação e a ampla distribuição na natureza favorecem o interesse em pesquisas cientí­ficas direcionadas a sua utilização tanto em pecuária orgânica quanto nos cuidados naturais de cães e gatos.

Existem trabalhos científicos que relatam boa atuação do Neem como repelente e controle ambiental de moscas (Cochliomyia hominivorax, Lucilia cuprina, Chrysomya megacephala e Musca domestica), mosquitos (Aedes, Culex, Anopheles), carrapatos (Rhipicephalus sanguineus e Boophilus microphilus), Ácaros da sarna, pulgas e piolhos.



DOSES E MANEIRA DE UTILIZAR

Para banhos:

Use um frasco de 500ml de shampoo para cães (ou gatos) e adicione 10ml do produto e dê banhos regulares no animal até que haja um controle efetivo.

Pulverizando o ambiente:

Dilua 15ml do produto em 1 litro de água e pulverize os locais onde o animal contuma dormir, as frestas das paredes e a grama.

Importante: No começo do tratamento os banhos devem ser semanais e as pulverizações no ambiente duas vezes por semana durante 3 semanas, depois as pulverizações no ambiente podem ser quinzenais.


PARTICULARIDADES DO NEEM

A azadiractina apresenta efeito residual por 3-7 dias, portanto deve-se aplicá-la 1 vez por semana, tanto no ambiente quanto no animal.

As aplicações devem ser feitas no final da tarde, pois a atividade da azadiractina pode ser reduzida a aproximadamente 60% após exposição a luz solar por 4 horas.

No animal, ele permanece sobre a superfí­cie matando os insetos por contato.


CICLO DE VIDA DOS CARRAPATOS




O principal carrapato dos cães, Rhipicephalus sanguineus, por ser hematófago (alimentar-se de sangue), é o principal vetor biológico e reservatório de Ehrlichia canis, sendo responsável também pela transmissão de outros patógenos como Babesia canis, B. caballi, B. equi e riquétsias causadoras da febre maculosa.


O cães domésticos são o único hospedeiro primário conhecido para os três estágios parasitários (larva, ninfa e adultos) de R. sanguineus, para os quais o cão não desenvolve imunidade efetiva, refletindo uma forte interação parasito-hospedeiro.


Este fato demonstra que um único cão pode servir por tempo indeterminado como hospedeiro adequado para todos os estágios parasitários do R. sanguineus, e que a presença de um ou mais cães é um fator condicional ao estabelecimento de uma população de R. sanguineus num determinado local.


Por ser um carrapato da famí­lia Ixodidae, o R. sanguineus apresenta três formas parasitárias dentro de seu ciclo de vida: larva, ninfa e adulto, este último é o único estágio com dimorfismo sexual (machos e fêmeas diferentes).


No final do período parasitário, as larvas e ninfas ingurgitadas se desprendem do hospedeiro para fazer, no ambiente, a ecdise (troca de fase) para o próximo estágio evolutivo, sendo ninfas e adultos, respectivamente. As fêmeas ingurgitadas (gordinhas, alimentadas e cheias de ovinhos), que foram fertilizadas pelos machos sobre o hospedeiro, se desprendem deste para fazerem a postura de ovos no ambiente. Cada fêmea pode colocar de 1000 a 3000 ovos, que após incubados por algumas semanas, darão origem às larvas.


Os machos, que ficam sobre o hospedeiro por vários dias ou semanas, não ingurgitam (não aumentam nitidamente de tamanho), mas podem fertilizar várias fêmeas neste período.


A duração das fases de desenvolvimento em vida livre (ecdise, postura e incubação dos ovos) pode variar de poucas semanas a alguns meses, sendo inversamente proporcional à temperatura ambiente.


R. sanguineus é um carrapato de hábitos nidí­cola (do latim nidi=ninho; cola=que permanece). Portanto, é um carrapato que passa as fases de vida livre nas habitações ou locais de repouso de seu hospedeiro.


Em se tratando dos cães, estes locais de repouso ou habitações podem ser a própria casinha do cão, um cômodo de uma residência, um canto de um quintal, etc. Desta forma, todas as fases de desenvolvimento em vida livre do carrapato (ecdises, postura e incubação dos ovos) se passam em frestas ou buracos presentes nas paredes ou teto destes locais onde o cão vive.


É interessante observar que ao final de um repasto sangüíneo, os carrapatos nidí­colas tendem a se desprender do hospedeiro quando este último se encontra no interior do abrigo, a fim de garantir o ciclo nidícola naquele ambiente, de forma que o estágio subseqüente do carrapato não tenha dificuldade de encontrar o hospedeiro para dar seqüência ao ciclo.


Os estágios ingurgitados de R. sanguineus, apresentam geotropismo negativo após se desprenderem do hospedeiro, propiciando para que as fases de ecdise, postura e incubação dos ovos se passem acima do nível do solo onde o cão vive (Labruna & Pereira, 2001).


Tal comportamento é extremamente diferente de outras espécies de carrapatos do Brasil (ex. Amblyomma cajennense, Boophilus microplus, Dermacentor nitens), cujas formas ingurgitadas apresentam geotropismo positivo após se desprenderem de seus hospedeiros.


O comportamento geotrópico negativo exercido pelos estágios ingurgitados de R. sanguineus são extremamente importantes no sentido de favorecer para que uma população de carrapatos colonize resistências contiguas em uma determinada área, pois propicia para que os carrapatos atravessem barreiras físicas verticais, tais como muros e paredes (Congresso Brasileiro de Parasitologia Veterinária & I Simpósio Latino-Americano de Rickettsioses, Ouro Preto, MG, 2004. Rev. Bras. Parasitol.Vet., v.13, suplemento 1, 2004).


Para controlar o R. sanguineus, pode-se atuar diretamente no hospedeiro, onde estarão 5% dos carrapatos em um determinado instante, ou/e no ambiente, onde se encontram os 95% da população de carrapatos neste mesmo instante.


Logicamente, se o objetivo maior é controlar a infestação sobre os cães, podendo-se eliminá-la, o alvo principal do controle volta-se para aqueles 95% da população que se encontram no ambiente.